Faz muito tempo que medito sobre a importância de uma abordagem jornalística da dinâmica da Igreja Evangélica para seu crescimento. Na faculdade, esta foi questão central em todas as pesquisas sobre as quais tive poder de determinar o tema. Mas durante a prática da reportagem e meditando no que tenho vivido no Reino, percebo que talvez as minhas conclusões estejam equivocadas.
O pensamento era de que o papel de um repórter no meio cristão seria o mesmo do que atua no mundo secular: descobrir e informar, ainda que sejam as faltas, para provocar mudanças. Mas mesmo percebendo a necessidade de mudanças, me debato com a ordenança de encobrir multidões de pecados por meio do amor.
Durante muito tempo pensei que este princípio fosse flexível. Ou seja, o amor encobre, mas não pode compactuar com a falta, logo delata. Mas, até mesmo enquanto escrevo, percebo a inadmissibilidade desta flexibilização. Como encobre se delata?
Mas, então, o que reportar? Este é o desafio que se me apresenta. De que adianta falar bem, se há tanto para melhorar? Como falar do que pode melhorar sem falar mal e apontar responsáveis de modo que se arrependam e mudem suas decisões?
quinta-feira, 23 de agosto de 2007
segunda-feira, 20 de agosto de 2007
Negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e segue-me
Nestes dias, tive um lampejo do que essas palavras significam. A cruz foi a missão, a responsabilidade assumida por Jesus da parte de Deus. Ele nos admoesta a fazer o mesmo. Assumir a missão que Deus determinou a cada um de nós, a viver o plano de Deus, nos moldes de Deus, ainda que inclua dor, sacrifício.
Não é em vão que antes de apontar a missão, Jesus apontou a necessidade de negação. Sim, cumprir a missão não vai satisfazer os nossos próprios anseios. Essa missão é de servir ao próximo do modo como Deus quer. Para isso, antes de qualquer coisa, ignore qualquer uma das suas vontades, negue-se, se desconheça.
Depois disso tudo, aí sim, “quem quiser vir após mim, segue-me”. Percebi que isso representa andar atrás de Cristo, pelo caminho dele. Tantas vezes queremos andar com Cristo pelos nossos caminhos. Mas o chamado é para ir após ele, seguindo-o. Em todo o caso, tudo o que eu possa desejar deverá estar de acordo com os passos dele.
Que realidade é essa? É o único meio? Para Cristo tê-lo dito a todos e por mais de uma vez, sim, deve ser o único.
Não é em vão que antes de apontar a missão, Jesus apontou a necessidade de negação. Sim, cumprir a missão não vai satisfazer os nossos próprios anseios. Essa missão é de servir ao próximo do modo como Deus quer. Para isso, antes de qualquer coisa, ignore qualquer uma das suas vontades, negue-se, se desconheça.
Depois disso tudo, aí sim, “quem quiser vir após mim, segue-me”. Percebi que isso representa andar atrás de Cristo, pelo caminho dele. Tantas vezes queremos andar com Cristo pelos nossos caminhos. Mas o chamado é para ir após ele, seguindo-o. Em todo o caso, tudo o que eu possa desejar deverá estar de acordo com os passos dele.
Que realidade é essa? É o único meio? Para Cristo tê-lo dito a todos e por mais de uma vez, sim, deve ser o único.
quarta-feira, 15 de agosto de 2007
A Igreja de Cristo tem um papel
Eu acredito que a metáfora do corpo para a Igreja pode ser aplicada em vários níveis. Um grupo ministerial pode ser considerado um corpo, uma denominação ou congregação pode ser vista como um corpo e, na dimensão máxima, todas as igrejas formam o Corpo de Cristo. A partir deste raciocínio, também considero que em todos os níveis, as premissas levantadas pelo apóstolo Paulo são verdadeiras. O conceito de partes do corpo, cujas funções são diferentes, mas não excludentes, pode ser aplicado a uma pessoa, a um ministério e a uma igreja.
Portanto, me sinto a vontade para crer que a Igreja de Cristo, pensada pelos Campbells, e trazida ao Brasil na década de 50 do século passado, tem uma função distinta das demais e indispensável para o bom ajuste das partes do corpo. E pela sua história, é inegável ser esta função a de transmitir a mensagem de unidade, para a qual ser unicamente cristão é suficiente para ter comunhão com Deus e com o próximo. O papel da Igreja de Cristo é disseminar o conhecimento de que não importam opiniões. O essencial está explícito na Bíblia e, o que não está, é espaço de liberdade entre os que têm a Cristo como senhor de suas vidas.
Devo reconhecer o grande desejo de cumprir este papel. Em nossos eventos e nas discussões nos corredores das igrejas, a tônica das conversas é promover integração e unidade. Mas vemos que não é o bastante. As ações parecem não considerar a necessidade de ressaltar o essencial. As opiniões são mais evidentes, talvez por serem mais fáceis de elaborar.
Por mais lógico que pareça, é preciso sempre lembrar: temos que concentrar os esforços em torno do que une, do que é essencial, e não das opiniões, que, em algumas traduções do grande lema da Igreja de Cristo, são chamadas de secundárias. Precisamos de coragem para buscar o essencial e verdadeiramente ser parte eficaz no Corpo.
Portanto, me sinto a vontade para crer que a Igreja de Cristo, pensada pelos Campbells, e trazida ao Brasil na década de 50 do século passado, tem uma função distinta das demais e indispensável para o bom ajuste das partes do corpo. E pela sua história, é inegável ser esta função a de transmitir a mensagem de unidade, para a qual ser unicamente cristão é suficiente para ter comunhão com Deus e com o próximo. O papel da Igreja de Cristo é disseminar o conhecimento de que não importam opiniões. O essencial está explícito na Bíblia e, o que não está, é espaço de liberdade entre os que têm a Cristo como senhor de suas vidas.
Devo reconhecer o grande desejo de cumprir este papel. Em nossos eventos e nas discussões nos corredores das igrejas, a tônica das conversas é promover integração e unidade. Mas vemos que não é o bastante. As ações parecem não considerar a necessidade de ressaltar o essencial. As opiniões são mais evidentes, talvez por serem mais fáceis de elaborar.
Por mais lógico que pareça, é preciso sempre lembrar: temos que concentrar os esforços em torno do que une, do que é essencial, e não das opiniões, que, em algumas traduções do grande lema da Igreja de Cristo, são chamadas de secundárias. Precisamos de coragem para buscar o essencial e verdadeiramente ser parte eficaz no Corpo.
segunda-feira, 6 de agosto de 2007
Parte com Cristo
Eu sabia que estava errada e que, com toda maldade no meu coração, eu resistia a me empenhar sinceramente em conhecer a vontade de Deus para minha vida. Minha jornada parecia concluída.
Durante o culto de domingo, me questionei diversas vezes sobre a razão por estar ali, já que não tinha a menor disposição para aceitar qualquer proposta para abrir mão da minha vontade. Imaginei que seria pior continuar naquele culto, com ar de superioridade misturada, paradoxalmente, a um sentimento de impotência diante de Deus.
Resisti durante todo o período de louvor, resisiti durante a pregação. Finalmente me rendi quando foi posta diante de mim a Mesa do Senhor. A Santa Ceia me fez lembrar que Cristo me amou e de modo nenhum me rejeita. Ainda pensei em não participar daquela celebração porque o sentimento de indignidade me dominou e senti que poderia manchar a santa celebração.
Então senti a convicção que me permitiu partilhar daquele pão e daquele vinho. Tenho parte com Cristo, porque ele me amou e não me rejeitou. E segundo a sua palavra, "se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos".
Obrigada, Cristo.
Durante o culto de domingo, me questionei diversas vezes sobre a razão por estar ali, já que não tinha a menor disposição para aceitar qualquer proposta para abrir mão da minha vontade. Imaginei que seria pior continuar naquele culto, com ar de superioridade misturada, paradoxalmente, a um sentimento de impotência diante de Deus.
Resisti durante todo o período de louvor, resisiti durante a pregação. Finalmente me rendi quando foi posta diante de mim a Mesa do Senhor. A Santa Ceia me fez lembrar que Cristo me amou e de modo nenhum me rejeita. Ainda pensei em não participar daquela celebração porque o sentimento de indignidade me dominou e senti que poderia manchar a santa celebração.
Então senti a convicção que me permitiu partilhar daquele pão e daquele vinho. Tenho parte com Cristo, porque ele me amou e não me rejeitou. E segundo a sua palavra, "se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos".
Obrigada, Cristo.
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