segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Mudar por dentro é o que interessa no momento

Ora, ora. As mudanças. Elas precisam ocorrer dentro de mim. Pelo lado de fora, elas já atropelam as barreiras que eu poderia imaginar em colocar à frente. Estão fora do meu controle.

Às mudanças internas, sim. A elas eu ainda consigo resistir. Mantenho um ar preguiçoso com cara de descanso. O que interessa fica para mais tarde. Só que mais tarde, dá vontade de descansar da consciência de tudo o que deveria ser feito e não foi.

Começo a concordar com a última avaliação que familiares fizeram a respeito de meus argumentos. São cheios de fantasia e imaginação, longe da realidade. Fico imaginado cenários, tentando prever acontecimentos e premeditando reações. Nada disso me traz qualquer proveito. As previsões não se cumprem e as estratégia de enfrentamento se revelam grandes e irremediáveis perdas de tempo.

Se eu me concentrar e realmente me dedicar ao que é real, talvez eu tenha mais ganhos. Ainda que não seja perfeito e indolor como nas previsões, mas, pelo menos, é o real e oferece mais possibilidades de produzir algo de concreto.

É o que interessa.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Finalmente...

Amanhã o Anderson, meu marido, será oficialmente recebido na Igreja de Cristo em Sobradinho como pastor daquela congregação. Estamos na cidade há quase dois meses e o desconforto de começar uma nova fase vai passando a cada dia.

É verdade que o maior incômodo não esteve relacionado diretamente à igreja. Mesmo porque, ainda que de passagem, havíamos estado ali acho que no final do ano de 2006 à procura de um lugar para congregar. O Anderson chegou a dividir um quarto com o estimado seminarista Antônio Penna.

Então, difícil mesmo era me adaptar à nova casa. Sons desconhecidos, baratas por todo lado (o inquilino antigo devia ser pouco cuidadoso com a limpeza) e os vizinhos apaixonados por banda de forró pode até levar às lágrimas.

Mas quanto à igreja, fico feliz pela receptividade e pelas oportunidade de servir a Deus existentes naquele lugar. Espero corresponder às responsabilidades do trabalho e manter a confiança e a alegria de ser útil. É muito bom ser útil.

Também fico feliz em ver o alcance de um alvo. É tão difícil alcançar exatamente as coisas que buscamos que, quando isso acontece, realmente traz ânimo, alegria. E engraçado é que a história desta vitória se parece tanto com as de sempre.

Depois de seis anos, acho, buscando espaço; se questionando sobre a veracidade das promessas recebidas; avaliando as vantagens e desvantagens de ter deixado pai, mãe, casa e cidade; recebendo respostas e tratamentos negativos dos homens e confiando muitas vezes só na misericórdia de Deus, meu marido atingiu este alvo: se dedicar à pregação do Evangelho da paz. Que bom!

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Sacrifício à altura do compromisso

Toda aliança é selada mediante sacrifício, especialmente as seladas com Deus. E a iniciativa de sacrificar é dEle. Como explicou Jesus, sua morte foi o sacrifício final oferecido para confirmar o Seu compromisso com a "nova aliança". Então, o que se espera da outra parte é que se faça o mesmo. É preciso ofertar algo significativo como selo desta aliança.

Aos que crêem em Cristo, esta aliança garante vida, eterna vida. Oferecer qualquer coisa importante como confirmação do compromisso vale a pena, porque a aliança é verdadeira, é forte e favorável. Aliás, mais favorável aos homens que a Ele. Esta aliança permite que o pecador possa ser pleno como ser humano, segundo o plano inicial.

A minha oferta indica que eu aceito, apenas isto: que eu aceito a plenitude da vida como o Deus Vivo e Verdadeiro, Todo-Poderoso, Criador do Universo, Rei sobre tudo o que existe, Magnífico em conhecimento e, sobretudo, em amor (porque Ele é amor) planejou.

Apenas isto: eu aceito.

Encontrando segurança

Costumo resistir a encontro com conhecidos na rua. Sim, com conhecidos. Sempre que posso, instintivamente desvio o caminho para evitar estes encontros, mesmo os amigáveis. Acredito que seja resquício da timidez aguda que tinha no passado. Estar despreparada para um contato interpessoal me assustava bastante.

Mas hoje, fiquei feliz. Em um período aproximado de uma hora, encontrei quatro pessoas conhecidas, que me cumprimentaram e receberam meus cumprimentos. No final, reconheci que estes encontros casuais podem ser considerados sinais de que a vida não é tão assustadora e tão hostil como tantas vezes parece ser. Venci a timidez e a solidão.

Nestas horas, peço a Deus que me dê a sabedoria que Jesus teve enquanto esteve entre os homens. Ele era amável e solicito com todos, mesmo sabendo da condição humana que impede depositar nas pessoas a nossa confiança.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

O futuro a Deus pertence

Retirado do site da Revista Ultimato:

[...] Uma atitude mais cristã, que pode ser alcançada em qualquer idade, é deixar o futuro nas mãos de Deus. E é bom que façamos isso, porque a Deus pertence o nosso futuro, não importa se o deixamos em suas mãos ou não.

Jamais confie, seja em tempos de guerra ou de paz, a sua virtude ou felicidade ao futuro. São mais felizes no trabalho aqueles que não levam os seus planos de longo prazo tão a sério e que, a cada instante, trabalham “como que para o Senhor”.

Somos encorajados a pedir o nosso pão diário, e nada mais. O único tempo em que podemos cumprir qualquer tarefa ou receber qualquer graça é o presente. (de The Weight of Glory [Peso de Glória])

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Supresas da vida

Estranho como a vida pode ser. Pelo menos comigo acontece de as grandes surpresas da minha vida, boas ou ruins, serem antecipadas por "sensações preparatórias". Não costumo ser pega despreparada por elas, e, graças a Deus, até hoje, costumo encontrar ferramentas para reagir bem a elas.

Por exemplo, o meu primeiro trabalho. Depois da entrevista para um estágio na Fecomércio há muitos anos atrás, caminhei de volta pra casa com a convicção de que aprenderia bastante naquele lugar. Essa sensação me preparou para enfrentar o desafio de vencer a timidez e a insegurança para, então, aprender bastante.

Outro exemplo é o encontro com o meu marido. Uma semana antes de conhecê-lo, sonhei que receberia um presente que não iria morrer (isso tem um grande significado para mim). Encontrei o Anderson, namorei três anos e casei, há onze meses.

Para não dizer que estive preparada apenas para as boas supresas da vida, me lembro do dia em que meu pai se foi. Alguns dias antes, eu tive a oportunidade de dizer-lhe que o amava (mesmo que ele dissesse não acreditar). Um dia, na cozinha, percebi que ele estava "reflexivo". Parecia saber que estava chegando a hora. Fui preparada por estas sensações.

Quando o Anderson perdeu o emprego no ano passado, eu também percebi sinais. Ele estava infeliz com o trabalho. Eu havia sido contemplada com um aumento no salário. Tentei arduamente aplicar a verba extra em alguma coisa para desviar-me da razão iminente: eu iria precisar ganhar por dois. Também tentei motivá-lo a continuar no emprego. Ele resistiu. Finalmente, veio a demissão.

Nos últimos dias, tenho percebido alguns sinais. Não é nada sobrenatural, como uma revelação divina. Há sinais que me fazem sentir que irão ocorrer mudanças. Tomara que os resultados sejam tão positivos quanto os dois primeiros exemplos.