quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Fazer um pouco mais

Tem gente que se enrola por fazer um monte de coisas ao mesmo tempo. Aliás, essa me parece ser a principal reclamação desta geração. Por outro lado, é entediante ter uma coisa para fazer por vez. Entediante e acomodante. As pessoas têm capacidade de fazer mais.

Eu tenho capacidade de fazer mais. Evitar atividades pode ser reflexo, no meu caso, dos tempos em que tive tantas que me cansei demais, a ponto de quase desistir.

Portanto, tenho evitado assumir muitos projetos, mas reconheço que me prender a um só deixa muito tempo ocioso e não coopera para o meu avanço. Talvez seja hora de desenterrar aqueles projetos que escondi. Talvez.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Mudança, seriamente

Posso procurar mudanças na minha vida por diversos caminhos. Posso começar procurando cursos de aperfeiçoamento, entrando em uma dieta violenta, iniciando um monte de projetos novos. Ou posso fazer o que vem pulsando no meu coração há algum tempo: buscar a Deus, seriamente.

Porque só pode ser brincadeira o jeito como tenho buscado a Deus: preguiçosa e esporadicamente. Pra mim, especificamente pra mim, buscar a Deus seriamente é acordar cedo apesar do sono, da noite curta e mal dormida ou da correria do dia. É ler a Bíblia atentamente, quase sempre com um papel ao lado para anotar as reflexões. É trabalhar, se empenhar por aquilo que vem às mãos para fazer.

Nada disso tenho feito. Fico admirada com as capacidades dos outros. Penso no quanto seria bom viver a vida que eles vivem, mas não mudo nada na minha, não consigo e nem vou conseguir enquanto eu não começar a buscar a Deus seriamente.

Como antes? Não sei. Não sei se será em um grupo que me motive intensamente, me cobre intensamente e me mostre rapidamente sinais de transformação. Talvez de modo diferente, mas é certo que preciso disso. Preciso sair deste lugar de mesmice, de paralisia. Eu não sou assim. Não nasci para ser assim.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Juro: não minto e quero ser útil

Esta é aquela hora de questionamento sobre o futuro que jovens têm entre os 25 e os 30 anos de idade. Não será um momento de profundo questionamento (pela preguiça de pensar neles, confesso), mas vale como um incentivo para outros momentos de questionamentos que indiquem para respostas.

Sempre duvidam da nossa competência e de nosso desejo de transparência. Quando confesso uma falha a alguém mais experiente, sinto que o "sabido" pondera em duas direções: ou que estou querendo me justificar por um erro provocado pela minha suposta má vontade ou que o investimento não está valendo a pena, já que jovens sempre trazem estes problemas. Eu, de minha parte, esperava receber uma direção ou pelo menos uma palavra de ânimo, de estímulo, de suporte.

Quando confesso uma falha a um menos experiente, também desconfio de suas conclusões. Sinto tais ponderações: é mentira e ela (eu, nesse caso) só está confessando esta falta para ver se eu caio na cilada de confessar as minhas. Mais uma vez, esperava receber uma indicação de companheirismo, suporte.

Entretanto, sinto que ninguém confia inteiramente na minha competência, mas espera que ela dê todos os resultados que eles mesmos não conseguiram ou acham que não irão conseguir alcançar.

De minha parte, me sinto confusa por não saber no quê, de fato, devo melhorar. Se, ao realizar o trabalho, me sinto capaz e motivada, perceber estas considerações dos outros me desanima e levanta sobre mim dúvidas sobre minha capacidade. Penso em voltar a viver aquela vidinha mais ou menos, que não agrega, mas também não incomoda.

Só mesmo a idéia de fé me mantém no barco. Só mesmo crendo no que não vejo, mas tendo convicção do que espero para segurar o osso, não roer a corda, ficar firme.

"Retenhamos firmes a confissão da nossa esperança; porque fiel é o que prometeu". (Hb 10:23)