Tentar deu certo. Aquela saudade profunda do passado e suas glórias estão menores hoje. Lembrar de promessas bíblicas de que Deus faz sempre melhor do que fez antes tem ajudado. À certa altura, no livro de Isaías, o profeta transmite o seguinte recado de Deus: Eis que faço coisas novas. Acaso não percebeis?
Creio que Deus também me fez lembrar que mesmo tendo sido o passado tão empolgante, cheio de novidades e coisas boas, era apenas uma parte de tudo o que está preparado em Cristo. Sim, porque, como diz Paulo, agora vemos em parte, mas logo o conheceremos face a face. Então, prossigamos para o alvo.
Isso me trouxe um novo ânimo. Aos poucos, me envolvo com as coisas do presente para dar lugar ao que possa vir do futuro. Do passado, conta as grandes obras que Deus fez, como reiteradas vezes os salmistas me exortam a fazer.
Sigo firme na jornada.
quinta-feira, 24 de abril de 2008
Um estalo - foi bom, mas vai melhorar
sexta-feira, 18 de abril de 2008
Um pouco mais do passado
É. Parece que este vazio não vai pensar logo não. Parece que vou passar ainda um tempo remoendo o passado, lembrando dos tempos que se acabaram repentinamente e que hoje me parecem ter sido tão pouco aproveitados.
Vou continuar rindo de nervoso, ainda por um tempo, ao ver o rumo que as coisas tomaram, que as pessoas tomaram, que eu tomei. Vou continuar tentando reconhecer que a situação em que me encontro é fruto dos meus próprios atos: tenham suas conseqüências sido escolhidas por mim ou não. Sim. Porque, em alguns casos, os resultados não estavam nos meus planos.
Mas fico asism, todos os dias, pensando no passado. No que o passado me fez, no que fiz no passado, no que deixei lá, no que trago até aqui. Engraçado. Algumas vezes penso que é culpa da idade e acho ridículo porque quando eu tinha 18 anos, achava que meus questionamentos eram coisas da idade e, agora, penso que são da idade, e tenho certeza que daqui cinco anos (ou menos) pensarei que minhas dificuldades são coisa da minha idade.
É. E o passado estará ainda maior. Temo que as 24 horas do dia não sejam suficientes para remoê-lo. E se eu continuar assim, será mais tristeza pelo tempo perdido, pelas coisas que não foram feitas, pelas oportunidades perdidas.
Juro que busco ânimo. Juro que tento superar. Estou tentando.
Vou continuar rindo de nervoso, ainda por um tempo, ao ver o rumo que as coisas tomaram, que as pessoas tomaram, que eu tomei. Vou continuar tentando reconhecer que a situação em que me encontro é fruto dos meus próprios atos: tenham suas conseqüências sido escolhidas por mim ou não. Sim. Porque, em alguns casos, os resultados não estavam nos meus planos.
Mas fico asism, todos os dias, pensando no passado. No que o passado me fez, no que fiz no passado, no que deixei lá, no que trago até aqui. Engraçado. Algumas vezes penso que é culpa da idade e acho ridículo porque quando eu tinha 18 anos, achava que meus questionamentos eram coisas da idade e, agora, penso que são da idade, e tenho certeza que daqui cinco anos (ou menos) pensarei que minhas dificuldades são coisa da minha idade.
É. E o passado estará ainda maior. Temo que as 24 horas do dia não sejam suficientes para remoê-lo. E se eu continuar assim, será mais tristeza pelo tempo perdido, pelas coisas que não foram feitas, pelas oportunidades perdidas.
Juro que busco ânimo. Juro que tento superar. Estou tentando.
sexta-feira, 11 de abril de 2008
Jovens em uma jovem democracia
Enquanto houver a expectativa de que os resultados do protesto de estudantes da UnB contra seu reitor tenham a magnitude do que ocorrer com as Diretas Já ou mesmo o Impeachment, não conseguirei dar crédito ao movimento. E mais: descofiarei de que a juventude de hoje ainda não sabe como mudar a realidade em que vive.
Todo o tempo, eles tentam agregar elementos da repressão e da indignação causada pela ditadura às suas ações. Andam com as caras pintadas sob o argumento de defesa do Brasil. Mas não consigo compreender pra quê tanta algazarra. Por que usar estes métodos para restituir à uma universidade sua função de formadora dos futuros intelectuais?
Ainda acho que existem outros meios. Tento pensar que seria mais proveitoso apresentar um abaixo-assinado (se é que já não tentaram). Tento pensar que seria melhor produzir melhores trabalhos nas salas de aula do que propor greve. Tento pensar que se obtém algum resultado duradouro no longo prazo.
Sabe o que parece? Que o reitor estava torrando o dinheiro da universidade, enquanto os alunos "curtiam uma lombra" nos gramados da universidade ou durmiam durante as aulas. Então, a Justiça detectou problemas com gastos da Finatec que apontaram para o reitor. Daí, os alunos pensaram: "hum. vamo invadir a reitoria?". "Vamo".
O problema é a direção da UnB, mas não só a direção da UnB. Ao se espelhar nas vitórias conquistadas por outros no passado, esta juventude deveria usar da liberdade conquistada para avançar e construir uma democracia que possa se consolidar, desenvolver meios democráticos de
convivência em sociedade. Os meios da ditadura serviram para a ditadura.
Todo o tempo, eles tentam agregar elementos da repressão e da indignação causada pela ditadura às suas ações. Andam com as caras pintadas sob o argumento de defesa do Brasil. Mas não consigo compreender pra quê tanta algazarra. Por que usar estes métodos para restituir à uma universidade sua função de formadora dos futuros intelectuais?
Ainda acho que existem outros meios. Tento pensar que seria mais proveitoso apresentar um abaixo-assinado (se é que já não tentaram). Tento pensar que seria melhor produzir melhores trabalhos nas salas de aula do que propor greve. Tento pensar que se obtém algum resultado duradouro no longo prazo.
Sabe o que parece? Que o reitor estava torrando o dinheiro da universidade, enquanto os alunos "curtiam uma lombra" nos gramados da universidade ou durmiam durante as aulas. Então, a Justiça detectou problemas com gastos da Finatec que apontaram para o reitor. Daí, os alunos pensaram: "hum. vamo invadir a reitoria?". "Vamo".
O problema é a direção da UnB, mas não só a direção da UnB. Ao se espelhar nas vitórias conquistadas por outros no passado, esta juventude deveria usar da liberdade conquistada para avançar e construir uma democracia que possa se consolidar, desenvolver meios democráticos de
convivência em sociedade. Os meios da ditadura serviram para a ditadura.
Então, me pus a questionar como democracias mais antigas resolveriam questões como essa. Se uma universidade na França passasse por um problema assim, como seria? Opiniões apontam para a realidade de que coisas "menores", de foro pessoal, levam líderes a deixar seus cargos, quando pegos em deslizes éticos. Tá aí: mais um motivo para que esta juventude se fie em aprender a não ser como "seus pais". Fazer algazarras não garante que amanhã eles mesmos sejam reitores corruptos, que malversam verbas públicas.
Certa vez, disseram que a democracia brasileira, aos seus 26 anos, é ainda muito jovem. A baderna na UnB aponta para exatamente isto.
quarta-feira, 2 de abril de 2008
Questão de costume?
Não sei, mas é estranho me apresentar como pastora. Ser chamada por outras pessoas de pastora é até fácil de lidar. Mas se apresentar como tal produz um temor, aumentado por fazê-lo publicamente, em um veículo de comunicação nacional das Igrejas de Cristo.
A diferença entre ser chamada e me apresentar é que, da parte dos outros, soa como reconhecimento. Elas estão pelo menos instruídas de que, em um ato solene, fui intitulada "pastora".
Mas me apresentar requer minha própria convicção. E o fato de eu saber das responsabilidade que tal designação carrega, entre crentes e descrentes, assusta um pouco. Tomara que seja só uma questão de costume.
A diferença entre ser chamada e me apresentar é que, da parte dos outros, soa como reconhecimento. Elas estão pelo menos instruídas de que, em um ato solene, fui intitulada "pastora".
Mas me apresentar requer minha própria convicção. E o fato de eu saber das responsabilidade que tal designação carrega, entre crentes e descrentes, assusta um pouco. Tomara que seja só uma questão de costume.
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