domingo, 18 de maio de 2008

Poesia sobre o silêncio

Cala-te, alma. Quero-te calada.
Quieta e calada, silenciosa.
Que não venha de ti nenhum ruído;
Nem sinal de desconforto ou aprovação.
Quero teu silêncio, quietude.

Não apresente argumentos,
planos nem qualquer atividade.
Fique em silêncio.

Acalma-te, alma.
Cesse o pensamento.
Por um instante.
Voluntariamente, cala-te.
Fique em silêncio.

(por mim)

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Um desafio de oração

Participei do fechamento da Campanha Mundial de Oração no último sábado e fui impelida a me posicionar em oração pelas autoridades do país. Não me sinto muito a vontade para isso do ponto de vista espiritual. É que considero não ser eu uma praticante da disciplina da oração. Ontem mesmo me questionava sobre essa dificuldade que tenho de tirar um tempo decente para falar com Deus.

Mas hoje tive uma idéia de manhã que tem amadurecido ao longo do dia e pode dar certo. Pretendo usar este blog para registrar motivos de oração por questões atuais relacionadas ao comando da nação. Acho que saberei pinçá-las das inúmeras reportagens que acompanho no dia-a-dia trabalhoso que tenho tenho na coordenação da cobertura de Brasil do iG e será um incentivo a orar enquanto relato os motivos. A idéia é orar pelos que atuam nos órgãos de Estado, especialmente os sediados em Brasília.

Eis o primeiro:

Marina Silva decidiu deixar o Ministério de Meio Ambiente para voltar ao Senado Federal. No Legislativo, ela pretende angariar apoio político para conduzir mudanças especialmente na área ambiental.

Em seu lugar entra Carlos Minc, que estava a frente da Secretaria de Meio Ambiente do Rio de Janeiro. Há o temor de que ele abra as portas para o desmatamento, combatido por Marina, permitindo a concessão de licenças ambientais descontroladamente.

Oro para que Marina conclua seu mandato no Legislativa de forma vitoriosa e para que Minc tenha sabedoria para resistir a pressões e auxiliar o país a crescer, preservando o meio ambiente.

domingo, 4 de maio de 2008

Esta plantação de abacaxis

Às vezes penso que estou agindo como o missionário de um livro que li. No campo para o qual foi enviado, ele iniciou uma plantação de abacaxis que começou a dar frutos. Então, os nativos começaram a avançar sobre os abacaxis e, não importava o que o missionário fizesse para proteger seus abacaxis, nada surtia efeito.

Até que ele se tocou: "estes abacaxis não são meus. São de Deus. Se Ele quiser, que evite o "roubo". Os nativos continuaram a tomar para si os abacaxis, mas perceberam que o missionário já não mais resistia. Até que lhe perguntaram por quê não mais se importava com a "colheita a contragosto". Ele respondeu: "Não são mais meus. São de Deus." Houve muito mais cuidado da parte dos nativos sobre a possibilidade de colher os frutos a partir de então.

Por outro lado, penso que não estou sendo como o missionário, que assumiu o compromisso de continuar cuidando da plantação de abacaxis a ponto de eles continuarem a produzir, e apesar de não serem mais seus. A vontade que me dá é de delegar absolutamete tudo a Deus, até o cuidado que Ele espera que eu despenda com a sua obra. Já que não são meus mesmo, pouco importa se ficam a mercê das pragas.

É como tenho pensado. Infelizmente.