quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Uma oração matutina

Como o salmista, Senhor, quero ouvir pela manhã sobre a tua graça, o teu amor leal. Conhecer de ti o caminho por onde devo andar, ser livre dos meus inimigos e aprender a fazer a Tua vontade porque o Senhor é o meu Deus.

Continuo precisando de orientação e daquele sentimento de segurança que a Tua voz dá aos que a ouvem. Continuo em combate contra inimigos, contra a preguiça, o desânimo, a desesperança, a falta de visão, de futuro. Ainda luto contra as lembranças dos fracassos passados, das fraquezas presentes.

Hoje, tenho trabalho, tenho serviço, tenho casa, tenho família, tenho a minha vida. Hoje, ela me parece pouco, mas é o que tenho para atravessar o dia e te servir. Só Tu farás valer a pena o esforço de fazê-la relevante.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Pensamentos de paz e não de mal

Todo este bem que vier sobre você será glória para o Senhor.

"Saireis com alegria e em paz sereis guiados". "Ouvi e a vossa alma viverá". "E será isto glória para o Senhor". "Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos nem os meus caminhos os vossos caminhos. Porque assim como os céus são mais altos que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos e os meus pensamentos mais altos que os vossos pensamentos".

Crer nisso e seguir o dia, crendo nisso. "Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor, pensamentos de fazer-vos prosperar e não de causar-vos dano".

Às vezes, por vários motivos, parece que Deus está nos maltratando. Tudo se torna tão incômodo e tão fora da rota.

Só que tenho que crer e glorificar a Deus acima dos meus sentimentos, porque eu sei que estes sentimentos não dizem nada. São fruto de um coração corrompido que pode me desviar do propósito, me roubar a alegria da esperança e do futuro que Deus tem pra mim.

Acordei achando que a pregação do Evangelho não é pra mim. Que viver esta vida abnegada não é pra mim. Acordei pensando no "dano" que tenho sofrido por ter feito as escolhas que fiz.

Deus é bom, rico em perdoar, tem água, leite e vinho adquiríveis sem dinheiro e sem preço. Os seus pensamentos, mais altos que os meus... Que eu saia com alegria e em paz seja guiada. E isto será glória para o Senhor.

Minha alegria, minha paz, minha vitória são glória para o Senhor.

E por que me sinto culpada? Por que sinto que não mereço, que não posso viver esta alegria, paz e vitória? (... será isto [o meu bem] glória para o Senhor)

Quero ver a resposta do centro da vontade de Deus. Farei o esforço para receber a cura e ir para o centro da vontade de Deus. Me converter dos meus caminhos maus, deixar os meus pensamentos maus. Buscar o Senhor enquanto posso achá-lo.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Um sonho

Não digo que seja um sonho, como se fosse algo longínqüo ou imaginário. É um sonho porque seria muito bom. O Anderson tem se dedicado para passar na seleção do mestrado da PUC-Rio. É um mestrado em Teologia Bíblica e, embora tenha viés católico, seria uma grande e preciosa bagagem para nossos planos futuros: o dele de escrever sobre teologia e lecionar na área; o meu, de ver este sonho realizado.

Nesta semana, vasculhando a internet em busca de idéias para melhorar a vida, vi que terá um concurso do Serviço Federal de Processamento de Dados - Serpro com vaga para jornalista e lotação no Rio de Janeiro. Inicialmente, achei bobagem e absolutamente fora da rota natural das nossas vidas investir nesta possibilidade. Então, o Anderson me lembrou: "ué, a PUC é no Rio!". Claro, no Rio. Daí comecei a divagar.

Passar em um concurso na minha área, com um salário razoável, mudar para uma cidade com praia (não a melhor de todas, mas melhor que não seja. Afinal, estaremos a trabalho e a estudo). Poder investir nos nossos sonhos (no sentido do longo prazo que eles têm). Enfim, avançar.

Eu deixaria Brasília por esta causa. Ultimamente, sinto tal dificuldade em me imaginar plantada em uma igreja e servindo apenas ali que penso ser esse o meu destino: percorrer espaços em busca de instrumentos para contribuir com o avivamento que, dizem, Deus está prestees a derramar. Eu quero contar estas histórias, quero estar pronta para contar estas histórias.

Um mestrado para o Anderson seria bom. Estar despreocupada com as contas a pagar também me ajudaria. É um sonho.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Ainda me lembro daquelas coisas

Ainda estão bem vivas na minha mente as imagens daquele tempo. Eu defendia ardentemente a necessidade de treinamento dos cristãos para toda a obra que nos estava proposta. Tínhamos que estar preparados, desde o evangelismo até o envio, para que o Reino se expandisse.

Ah! A expansão do Reino! A imagem daquele lugar onde uma cultura diferente rege a vida das pessoas. A idéia de cultura do Reino de Deus era tão empolgante. Eu costumava pensar em um povo, em uma nação, como temos hoje o Brasil, Moçambique, a Índia, a França, a Suíça, o Vietnã.

Dentre deste reino, o código de conduta, o jeito das pessoas trabalharem, as regras a seguir, tudo seria como em um país. Subdividido em estados, e como o brasiliense não fala como o gaúcho, seria uma diferença mínima, uma vez que falam a mesma língua e estão sob o mesmo governo.

Essas imagens me vêm à mente quando encontro referências ao trabalho de expansão do Reino. E fico triste por dois motivos. O primeiro é por notar que esta cultura, essa unidade, essa identidade (sim, identidade) não pode ser percebida hoje como identificamos um estrangeiro em nossas terras. Mesmo não sabendo de onde eles são, temos convicção de que não são daqui, e eles também sabem que estão em terras que não são suas. Quem hoje percebe os cidadãos do Reino em terras de peregrinação?

O outro motivo é perceber que eu mesma tenho dificuldades de assimilar essa cultura do Reino. Ela é tão linda. Suas músicas, sua moda, seu jeito de falar, a característica prática de amor ao próximo, sua 'espiritualidade'. Tantos elementos: sua literatura, sua política, sua economia, seu modo de assimilar as novas tecnologias, de produzir conhecimento. Sim, seu espírito acadêmico e científico.

Tenho outra razão para tristeza. Reconhecer que estas imagens tão vivas podem morrer.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

O que eu espero que Jesus faça?

Esta pergunta apareceu na minha mente, nesta manhã, e eu não soube responder de pronto. Antes de pedir a Jesus alguma coisa, eu preciso saber o que eu quero.

Dois cegos, certa vez, seguiram a Jesus, clamando por misericórdia, pedindo a sua cura. O Senhor lhes perguntou: Vocês crêem que eu posso fazer isso? Em uma versão cantada, a pergunta é: que quereis que vos faça?

O que eu quero que Jesus faça é que ele mude a disposição do meu coração para não querer nada que dê trabalho ou querer tudo para satisfazer a mim mesma.

Eram dois cegos. Eu me sinto cega. Perdida, sem ver o que está à minha frente, sejam tarefas, sejam manifestações da graça e do amor de Deus, sejam alvos, sejam motivos para adorar e louvar a Deus. Sem ver, eu não consigo escolher o melhor.

Senhor, eu quero enxergar. Vamos começar por aí: enxergar.